sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Projeto Meu Primeiro Cordel

Projeto Meu Primeiro Cordel


A ONG História Viva em 2008 deu continuidade ao projeto chamado Meu Primeiro Cordel, que incentiva aos alunos das escolas municipais a escreverem e produzirem o seu cordel.
Em 2008 o projeto foi trabalhado na localidade de Cachoeira do Fogo com os alunos na escola local. O tema escolhido para os alunos trabalharem nos cordéis foi a Cultura Popular.

O vencedor do projeto 2008 foi o aluno Luiz Afonso Alves de Freitas, estudante do Assentamento Cachoeira do Fogo tem apenas 11 anos, nascido em 24 de abril de 1997, seus pais são Osnildo Alves de Freitas e Maria Claudia de Freitas, todos moram no Assentamento.
Cultura Popular

Homenagem ao Escritor e Jornalista
Flávio Paiva

I
Falar de História Viva
Não sei se me saio bem
Por que não conheço muito
Essas coisas do além
Como enfrentar as coisas
Do jeito que as coisas vêm

II
A gente vale o que tem
Eu não tenho muito valia
Se eu soubesse muito
Era o que eu mais queria
Mais um dia eu chego lá
Cheio de muita alegria

III
Quem viu falar de Maria
A tal de Maria Bonita
A mulher de Lampião
Na História Viva está escrita
Mulher do Rei do Cangaço
Que desta forma foi dita

IV
Comigo ninguém se irrita
Porque sou muito fiel
Há tempo que eu queria
Exercer esse papel
As coisas que eu mais previa
Literatura de Cordel

V
Eu não quero ser cruel
E nem pretendo ser
A História Viva do caipora
E do Saci Pererê
Coisa do nosso folclore
Que a gente não pode ver

VI
Eu nunca consegui ver
Foi a bruxa da vassoura
A fada misteriosa
Dizem que é até voadora
O tal de chupa cabra
Que é muito devoradora

VII
As corujas que agoura
Pode agourar mais não comem
Eu não acredito muito
Em história de Lobisomem
Dizem que é transformado
De uma mulher ou de homem

VIII
A lenda do Lobisomem
Acho que não vira em nada
Pode existir o fantasma
Ou até conto de fada
Dizem que tudo aparece
Antes da madrugada

IX
Pode até era palhaçada
Faz parte da História
Seja mentira ou não
Vamos crer que é positiva
É História Viva do passado
Que todo mundo cultiva

X
Tem coisa que me cativa
Essa História de visão
Dizem que alma aparece
Fazendo assombração
A maioria atribui
Que não alcançaram salvação

XI
Eu não creio em maldição
Peço que não apareça
Se o cara for medroso
Talvez que esmoreça
Peço o Deus pra eu não ver
É a mula sem cabeça

XII
Tomara que não apareça
A pantera cor-de-rosa
Toda essa História boba
Eu acho que seja prosa
Dizem que existe até
A tal bruxa venenosa

XIII
As pessoas mais idosas
Dizem que tudo é de vera
A História Viva mesmo confirma
Que existe mesmo a pantera
Contam com toda certeza
Que tem até besta-fera

XIV
Coisa que não é devera
Que tem muito feiticeira
Acho que é a mesma coisa
Feiticeira ou macumbeira
Por acaso não for exato
É uma eterna besteira

XV
Eu sou da Cachoeira
Do Assentamento afinal
Até peço desculpa
Se o texto não foi normal
Quero ver se chego perto
Do resto do pessoal

Nenhum comentário:

Postar um comentário