terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PENÉLOPE MENEZES LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO EM CRATEÚS

Após noite de autógrafos em pré-lançamento do seu primeiro livro infantil “Procurando Max e outras histórias”, realizado no Colégio Vitória, na cidade de Crateús, no dia 27 de novembro, Penélope Menezes se prepara para o lançamento oficial do seu livro no dia 8 de dezembro, às 19 horas, no restaurante Ouro Verde, Também em Crateús.

Vai ser uma noite de promoção e estímulo à leitura, em meio à contação de histórias e encenação de um texto da autora.

Penélope Menezes tem 9 anos, estuda na cidade de Crateús, onde reside há quatro anos, é filha de Antônio Menezes, bacharel em Direito, Oficial de Justiça da cidade de Independência e escritor, e de Conceição Maria Soares, pedagoga.

Cresceu em um ambiente rodeado por livros e revistas e sempre buscou interagir com as leituras criando suas próprias histórias, que retratam os sentimentos da infância, os primeiros desafios e sua visão pessoal de mundo e das relações humanas, recebendo dos pais e da escola os primeiros incentivos para buscar boas leituras.

Para finalizar essa etapa de lançamentos em nossa região, está prevista uma noite de autógrafos da Penélope Menezes na cidade de Independência, no dia 15 de dezembro, às 19 horas, com o apoio da ONG HISTÓRIA VIVA.










quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Novo livro / CD do Escritor Flávio Paiva

Escritor e Jornalista Flávio Paiva irá lançar o novo livro/cd infanto-juvenil "A casa do meu melhor amigo" (Cortez Editora) no próximo dia 5 de dezembro, às 11 horas, no auditório do MAM - Museu de Arte Moderna (Parque do Ibirapuera) em São Paulo. o lançamento contará com show de Lucas Espíndola e Rodolfo Rodrigues e a participação especial de Ná Ozzetti e Orlângelo Leal (Banda Dona Zefinha), interpretando músicas do CD que integra o livro.

No blog oficial do livro/cd está cheio de informações sobre tudo isso e já pode
ser acessado pelo seguinte endereço:

www.cortezeditora.com.br/acasadomeumelhoramigo

AO ENTRAR NÃO ESQUEÇA DE DEIXAR SEU COMENTÁRIO.

O show de lançamento do livro/cd será transmitido ao vivo pela internet.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel.




quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Flávio Paiva - Eleições no Ceará. Hegemonia ou convergência? 6 de Outubro de 2010 – 18h04

Em um lugar como o Ceará, que tem um enorme passivo estrutural e grandes sonhos a serem tornados realidade, não dá para ficar mais pensando pequeno. O que as urnas revelaram é que o eleitor aceitou a experiência de convergência liderada pelo governador Cid Gomes.

A nova configuração política instalada no Ceará com a retirada de Tasso Jereissati, derrotado em sua tentativa de reeleição ao Senado, e com a confirmação de Cid Gomes, expressivamente reeleito governador em primeiro turno, mais do que reduzida a uma situação de hegemonia, precisa ser interpretada como construção de uma convergência de diferentes correntes políticas em favor de um determinado projeto para o Estado e para o País.

A elevação de Cid ao patamar de principal liderança política do estado quebra a inércia de uma desconfortável falta de clareza nas relações políticas que, nas últimas décadas, vinham determinando por parte de poucos o destino de muitos. Abre-se, com as urnas de três de outubro passado, um novo capítulo a ser escrito na história cearense; um capítulo de acesso à nova curva de possibilidades para a potencialização da conjunção das forças vitoriosas.

O que para alguns pode parecer hegemonia, para outros é possível ser lido como convergência de vetores, porque faz parte de um processo político, de cunho econômico e social, que pode levar a relações de poder fundadas na autoridade partilhada. O que está em questão é muito mais do que a formação de um bloco de afinidades, mas a formação de um pensamento voltado para uma mudança que sai de uma posição anterior de dependência para uma posição de mais autonomia e proatividade.

A complexidade do mundo contemporâneo não recomenda que desperdicemos oportunidades de sinergias dos nossos motores da vida social. Pensar em convergência é pensar a aproximação de forças diferentes com o mesmo propósito. A convergência maximiza a prática da ação política. O que está polarizado nem sempre pode ser considerado democrático. A lógica da polarização está sempre querendo se opor à lógica da hegemonia. Não é bem assim. Há momentos que a convergência se dá pela descoberta de um regime comum de valores e de interações entre autônomos.

Pelo trabalho intenso e profícuo que o governo do Ceará vem desenvolvendo é natural uma coexistência de diferentes agentes políticos no mesmo espaço-tempo. Essa agregação de interesses foi enxergada pelo eleitor tanto como legitimidade do governante para continuar no cargo, como de concertação social. Ao abordarem essa situação de convergência como simples hegemonia, as contradições teóricas e as categorias analíticas dominantes deixam de contribuir para a necessária reinvenção da cultura política no Ceará.


Cada vez mais a sociedade toma consciência da riqueza existente na sua diversidade. Com isso, a partidarização extremada do poder, a procura pela solidão da ideologia única, já não têm mais sentido. As disputas provincianas do partido azul contra o partido vermelho viraram conversa de boi-bumbá. Para ter significado, a democracia deixou de ser apenas o governo da maioria para contemplar o respeito às minorias. Este é o novo senso comum sobre o qual parece estar montada a base de sustentação do governador Cid Gomes.

Com a construção dessa convergência, estão criadas as condições para a superação da dicotomia de simplesmente estar a favor ou contra. Uma nova realidade política está estabelecida no Ceará e essa nova realidade conta com o movimento de convergência de lideranças a fim de assegurar a estabilidade fundamental para o fazer acontecer. Todo governo precisa de maioria para governar, seja por meio de alianças estratégicas, coalizões, coligações eleitorais ou na tática da cooptação de bancadas passivas ou passíveis de se vender.

O que vinha acontecendo no Ceará era embaraçoso. A ambigüidade do PSDB com relação ao governo do PSB era paralisante. Enquanto houve a suposta chance de o governador Cid Gomes apoiar Tasso para a reeleição senatorial, todo o partido ficou à deriva. No momento em que as circunstâncias falaram mais alto do que os desejos e as expectativas pessoais do então chefe político se frustraram, o partido foi apresentado ao eleitor como oposição. O resultado não poderia ser diferente de uma falência múltipla dos órgãos vitais do tucanato cearense.

Pelo menos em duas ocasiões de intensa sensibilidade política, Cid demonstrou que não chegou aonde chegou para entrar nesse tipo de relação chove-não-molha. Manteve a palavra de apoio à reeleição da prefeita Luizianne Lins (2008), a despeito da candidatura da sua ex-cunhada Patrícia Gomes, e manteve o acordo com o presidente Lula, para a eleição de Eunício Oliveira e José Pimentel para as duas vagas do Ceará no Senado (2010). Seja como tenham sido as negociações, em ambos os casos o governador optou pela ruptura com o velho modelo da dubiedade, que vinha permeando essas relações.

Ao mudar de página o Ceará passa a contar com novas e expressivas lideranças nas mais variadas instâncias políticas. Nomes como o do recém-eleito senador José Pimentel, dos novos deputados federais Artur Bruno e João Ananias, e dos federais reeleitos Eudes Xavier, Chico Lopes e Ariosto Holanda passam a constituir blocos de referência em Brasília, enquanto os estaduais Camilo Santana, Nelson Martins, Professor Pinheiro, Mauro Filho e Ivo Gomes atuam na Assembleia Legislativa. Sem contar com o vice-governador eleito Domingos Filho e até com a oposição legítima e necessária de parlamentares como Heitor Férrer.

Cito alguns dos nossos políticos reconhecidos como sérios para ilustrar o quanto esse novo momento político cearense demonstra de estabilidade nas escalas das lideranças políticas. Não vejo como políticos desse nível de compromisso com seus eleitores e seus ideais possam servir a uma hegemonia. A consagração do governador Cid Gomes está exatamente na capacidade que ele demonstra ter de catalisar agregações individuais e coletivas, seja no plano político-partidário, seja no âmbito das relações econômicas, sociais e culturais.

Sabendo ou não que o Estado é um processo e não uma entidade ou uma empresa, o eleitor acaba por contribuir com a sua transformação ao exercer seus direitos de cidadania, como é o caso do voto. Faz bem ver que esses direitos já não são mais tão confiscáveis como em tempos atrás. Na minha coluna no Diário do Nordeste (“Para entender as pesquisas”, 29/07/2010), tomei as eleições para o Senado como exemplo da perversa interferência das pesquisas na percepção das intenções de voto. Mostrei que em agosto de 2002 o candidato Tasso Jereissati aparecia nas pesquisas com 75% das preferências e que na hora da apuração, as urnas só confirmaram 31%. No momento que publiquei esse comentário, Tasso aparecia com 59% (chegou a 63%) e eu questionei a insuflação do número. Abertas as urnas, ele tinha apenas 23%.

A agenda estadual de desenvolvimento precisa de convergência para se realizar na sua máxima extensão. O fato de existirem muitos atores dispostos a caminhar juntos, a arregaçar as mangas em busca de um destino comum não caracteriza hegemonia. Diferentemente de uma situação de convergência a hegemonia é caracterizada pela ausência de conflitos e pela eliminação dos embates entre interesses legítimos. Articular as vontades individuais e coletivas é uma tarefa sempre muito desafiadora. Entretanto é essencial que isso seja feito, simplesmente porque o desenvolvimento deve resultar dos desejos e da capacidade de construção da sociedade.

Em um lugar como o Ceará, que tem um enorme passivo estrutural e grandes sonhos a serem tornados realidade, não dá para ficar mais pensando pequeno. O que as urnas revelaram é que o eleitor aceitou a experiência de convergência liderada pelo governador Cid Gomes.

(*) Flávio Paiva é jornalista, colunista semanal do Diário do Nordeste e autor dentre outros, dos livros “Como Braços de Equilibristas” (Edições UFC), “Mobilização Social no Ceará – 16 anos de tentativas e 1 promessa de diálogo” (Edições Demócrito Rocha) e “Eu era assim – Infância Cultura de Consumismo” (Cortez Editora).

Fonte: http://www.vermelho.org.br/ce/noticia.php?id_noticia=138787&id_secao=61



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um redemoinho puxa o outro - Diário do Nordeste - 28/10/2010


Quem acompanha meu trabalho sabe o tanto de valor que atribuo a essa ideia (...) que é a Festa do Saci. (...) É maravilhoso ver o Saci, aglutinando amigos de lendas (...), mas é mais animador ainda observar cada criança inventando o seu próprio personagem e enchendo a festa de seres que não existem.

A coordenadora da Universidade Popular, da Prefeitura Municipal de Passo Fundo, Maria Augusta D´Arienzo, me conta que a partir de uma das conversas que tivemos no ano passado, por ocasião da Jornada Literária, aquele agradável e dinâmico município gaúcho realizará no próximo sábado (30) a sua primeira Festa do Saci. E como não poderia ser diferente na terra da professora Tânia Rösing e da Universidade de Passo Fundo, a sacizisse vai acontecer à base de troca-troca de livros.

Da Cidade de Goiás a educadora Lúcia Agostini me transmite a vibração de mais uma Sacyzada, ocorrida na Vila Esperança durante a Semana de Estudos e Vivências da Cultura Brasileira (14 a 18/09). Não faltaram causos e batucadas de Sacy nesse território livre que um dia o poeta Gilberto Mendonça Teles conceituou de "saciologia goiana". A agitadora pedagógico-cultural Maria Inez do Espírito Santo, escreve do Rio de Janeiro para dizer que o Saci da Festa da Comunidade, que ela fazia com motivação inclusiva nos anos 1980, na Escola Viva de Petrópolis, se fará presente no Ceará, no dia 31.

A Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci) segue firme em sua festa, realizada na cidade de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo; evento incorporado ao calendário turístico da cidade. Débora Kikuti, observadora de Saci em Guarulhos, anima uma festa que, entre músicas, rodas de histórias e oficina de boneco de Saci, conta com atividades multimídias "folcloricantes". Isso mesmo, eles usam graciosamente o verbo "folcloricar" para fazer integração de linguagens.

Como é de conhecimento comum, a locomoção rápida do Saci é feita em redemoinhos; e, como nas contações de histórias, um redemoinho puxa o outro. Por isso a Festa do Saci se constrói na concertação das diferenças, agregando uma brincadeira daqui, uma travessura dali, revelando o poder que temos para eleger e praticar o nosso modo de ser, enquanto sociedade miscigenada de um país continental.

A popularização da Festa do Saci, sobretudo no dia 31 de outubro, mesmo dia do "Halloween" estadunidense - uma das ideias traquinas do jornalista Mouzar Benedito - tem gerado uma participação elevada pela liberdade de cada lugar poder fazer a festa de acordo com seus desejos e condições. Como não há fórmula, nem hierarquias, a Festa do Saci não se limita a uma única emoção, nem a um só público; é uma festa da diversidade e da pluralidade.

Procurei disseminar esse construtivismo inter-regional em meu livro/CD "A Festa do Saci" (Cortez Editora) e experienciar algumas sequências recreativas em uma festa de condomínio que há três anos realizamos em Fortaleza com familiares e amigos. Essa brincadeira já resultou em um musical do Instituto Canarinho, adaptado pelo dramaturgo Rafael Martins e dirigido por Marconi Basílio; em duas monografias de graduação e no trabalho desenvolvido pelo facilitador alemão Thomas Semrau para a Formação Continuada dos Educadores Sociais, do programa "O Ceará Cresce Brincando", que trata o brincar como um direito.

Um exemplo evidente da mutualidade na construção da Festa do Saci ocorreu no dia 20 passado, em uma conversa que tive em Messejana com brinquedistas desse programa realizado pela Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Ceará (Apdmce) e Unicef, e executado pelo Instituto Stela Naspolini: Socorro e Joselda (Assaré), Ângela e Lilia (Beberibe), Leopoldo e Roberto (Brejo Santo), Lúcia e Adriele (Cruz), Karolina e Rosa (Itarema), Amirles e Karla (Horizonte), Márcia e Darlene (Pedra Branca), Ledian e Evânia (Porteiras), Verônica e Rosa Maria (Quixeramobim), Maria da Glória e Alaíde (Sobral), Adriana (Tejuçuoca) e Jordeana e Elenilda (Viçosa do Ceará).

Ao falar que na Festa do Saci cada criança deve levar a guloseima que mais gosta para oferecer aos participantes, as educadoras sociais colocaram a dificuldade dessa prática em algumas comunidades. Imediatamente encontramos alternativas para essa contribuição, como por exemplo, a de levar o avô ou a mãe para contar uma história na roda. O importante é fugir do estigma de carente, possibilitando que todos sintam que têm algo a compartilhar.

De Independência, onde eu nasci, recebo da ONG História Viva a notícia de que a Festa do Saci está acontecendo em algumas escolas desde a segunda-feira passada (25) e se estenderá até amanhã (29), por onde tem circulado um boneco do Saci feito pelo artista plástico DIM. A brincadeira tem base em um projeto pedagógico e recreativo preparado pela professora Maria Irandir Bezerra Sabóia, no qual estão sugeridas atividades de recorte e colagem, caça-palavras, boca de forno e cabra-cega, na perspectiva do Saci como mito ecológico e cultural.

O redemoinho continua puxando o outro também nos três dias de Festa do Saci que a Aldeia Luz realizará na Biblioteca Pública e na Casa de Juvenal Galeno, entre os dias três e cinco de novembro, dentro do calendário oficial do Departamento de Patrimônio Imaterial da Secult. Como nos anos anteriores, as ações sacizísticas contarão com teatro de boneco, oficina de desenho, distribuição de gorros e camisetas, cordéis com histórias de Saci e uma palestra com o jornalista Vladimir Sacchetta, o saciólogo que me iniciou nessas e em outras reflexões lobatianas.

Quem acompanha meu trabalho sabe o tanto de valor que atribuo a essa ideia contemporânea de liberdade que é a Festa do Saci. A liberdade de ser o que somos, de ser uma sociedade tomando consciência de si. Criei dois conceitos como contribuição para esse debate: a) Sacizada é um ajuntamento alegre, divertido, crítico e contemplativo de pessoas e mitos populares; e b) Saciologia é uma ciência humana que reflete os saberes e as crenças resultantes da relação da cultura mestiça brasileira com a natureza, por meio das leis da imaginação.

É maravilhoso ver um personagem como o Saci, aglutinando amigos de lendas para a sua festa, mas é mais animador ainda observar cada criança inventando o seu próprio personagem e enchendo a festa de seres que não existem. O grande luxo de uma Festa do Saci é aprender a brincar com ele "sem ele", exercitando a imaginação na sua forma mais espontânea, no limite da criatividade do brincante.

O Robson Moreira, presidente da Sosaci, me contou meses atrás em uma conversa na calçada do Patbanda, na Vila Madalena, em São Paulo, que ensinou seus netos a pegar Saci, só para brincar e depois soltar. Segundo ele, a gente não vê quando o Saci passa em nossa frente porque o danado aproveita exatamente o momento em que piscamos os olhos para passar. Então, ele inventou de rapidamente fechar à mão diante dos olhos no momento em que a pálpebra fecha e pegou um Saci. Passou a dica para a criançada e tem muito moleque pegando Saci para brincar.

No domingo (31) vai ter homenagem ao Dia do Saci também no Centro Cultural Dragão do Mar, às 16 horas, dentro da programação "Pintando e Brincando no Dragão". É o redemoinho passando, enquanto aprendemos a fazer a festa uns com os outros. Uma das maiores dificuldades que tínhamos para fazer a Festa do Saci em nosso condomínio era a de conseguir copo biodegradável.

Até que comentando isso com a Mônica Yoshizato, mestranda em ciência ambiental na USP, ela sugeriu que solicitássemos às crianças que levassem seus próprios copos. Depois ela me disse que inspirada na nossa Festa do Saci havia proposto para a escola do filho dela o "amigo secreto sustentável" (com brinquedo usado) para o Natal. Deu certo cá e deu certo lá... um redemoinho puxa o outro.







segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dia Internacional da Animação – 28 de outubro


A edição brasileira do Dia Internacional da Animação é realizada pela Associação Brasileira do Cinema de Animação - ABCA (www.abca.org.br). A ABCA acredita no desenvolvimento de uma nova economia forte e estável com a atividade da animação brasileira em escala industrial a exemplo do que ocorre no mercado internacional, que movimenta milhares de empregos diretos e indiretos. Todo tipo de ação institucional que valorize esta mobilização é fundamental para a adequação do cenário brasileiro para esta concretização. Cinco focos básicos regem a instituição - pesquisa, fomento, formação profissional, difusão e distribuição. Hoje a ABCA conta com aproximadamente 330 associados em todas as regiões do país, está em sua quarta gestão e se mobiliza em todo Brasil para realização deste evento que conta com a participação de associados, animadores e interessados na área.


Dia 28 de Outubro é o Dia Internacional da Animação.

Mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais.


COMO SURGIU O EVENTO NO MUNDO

Foi nesta data que, em 1892 (3 anos antes do cinematógrafo ser apresentado pelos irmãos Lumière), Emile Reynaud realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris. Essa projeção foi à primeira exibição pública de imagens animadas (desenhos animados) do mundo.

Para comemorar esta data, em 2002, a ASIFA (Associação Internacional do Filme de Animação) - http://www.asifa.net/news/iad_index.php - lançou o “Dia Internacional da Animação” contando com diferentes grupos internacionais filiados, presentes em 51 países.

Presente nos cinco continentes

- América: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá e Estados Unidos;

  • Europa: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Escócia, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Letônia, Portugal, República Tcheca, Romênia, Sérvia e Montenegro e Suíça;

  • África: Argélia, Camarões, Gana, Mali, Marrocos e Senegal;

  • Ásia: Camboja, Índia, Irã, Israel, Japão, Nepal, Taiwan e Uzbequistão;

  • Oceania: Austrália.


Em Independência:


CINECLUBE ESTAÇÃO

Rua Cícero Justino, 140 – Batalhão


Exibição Dia 28 de outubro

às 19:30 h.


ENTRADA GRATUITA.

VENHA E PARTICIPE.
















quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Joaquim Augusto Bezerra lança livro sobre a permuta histórica entre Piauí e Ceará.

O ex-prefeito e ex-tabelião Joaquim Augusto Bezerra lança no próximo dia 22 de outubro, na Fundação Senhor Pires, às 19hs, o livro “130 anos – Permuta entre Piauí e Ceará”, no qual trata da permuta entre os estados do Piauí e Ceará, com a troca dos municípios de Príncipe Imperial (Crateús ) e Vila Pelo Sinal (Independência). O livro tem o mérito de, com uma linguagem agradável e acessível, divulgar e ampliar conhecimentos históricos sobre a permuta, pois muitas vezes o conhecimento sobre a história do município está restrito a documentos e história oral.

A Obra também traz um discurso sobre o Centenário da permuta e uma teoria sobre a verdadeira história sobre o nome do município. De onde vem o nome Independência? O livro responde a pergunta que estamos fazendo há anos e reproduz uma série de pesquisas e análises documentais sobre a permuta no início do século XIX, em tentativa de entendimento do caráter único sobre a mudança dos municípios piauienses para o Ceará.

Em um país que despreza sua memória, nada mais importante que o registro destes fatos em um livro como resgate da história. Joaquim Augusto Bezerra sempre demonstrou empenhou e compromisso em beneficio do município de Independência, seja quando prefeito, ex-prefeito, tabelião e agora como historiador/narrador criterioso da história do município e região.

130 anos – permuta entre Piauí e Ceará”. Vale a pena ler e conhecer o inicio da história do município de Independência.

Os recursos arrecadados com a venda dos livros serão doados para a Biblioteca Comunitária Estação Leitura, da ONG HISTÓRIA VIVA.

Local do lançamento: Fundação Senhor Pires, na Praça da Matriz na cidade de Independência.

Horário: 19hs





sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cineclube Estação exibiu o Documentário Terra Deu Terra Come



No ultimo sábado (9/10/2010) foi exibido no Cineclube Estação, no prédio da ONG História Viva, Rua Cícero Justino, 140 – Batalhão, o Filme Terra Deu Terra Come um sucesso perante ao público que assistiu. Foi bem gratificante para a platéia que estava presente.

DOCUMENTÁRIO TERRA DEU TERRA COME

Pedro de Almeida, garimpeiro de 81 anos de idade, comanda como mestre de cerimônias o velório, o cortejo fúnebre e o enterro de João Batista, que morreu com 120 anos. O ritual sucede-se no quilombo Quartel do Indaiá, distrito de Diamantina, Minas Gerais. Com uma canequinha esmaltada, ele joga as últimas gotas de cachaça sobre o cadáver já assentado na cova: “O que você queria taí! Nós não bebeu ela não, a sua taí. Vai e não volta pra me atentar por causa disso não. Faz sua viagem em paz”.

Dessa maneira acaba o sepultamento de João Batista, após 17 horas de velório, choro, riso, farra, reza, silêncios, tristeza. No cortejo, muita cantoria com os versos dos vissungos, tradição herdada da áfrica. Descendente de escravos que trabalhavam na extração de diamantes, nas Minas Gerais do tempo do Brasil Império, Pedro é um dos últimos conhecedores dos vissungos, as cantigas em dialeto banguela cantadas durante os rituais fúnebres da região, que eram muito comuns nos séculos 18 e 19.

Garimpeiro de muita sorte, Pedro já encontrou diamantes de tesouros enterrados pelos antigos escravos, na região de Diamantina. Mas, o primeiro diamante que encontrou, há 70 anos, o tio com quem trabalhava o enterrou e morreu sem dizer onde. Depois disso, vive sempre em uma sinuca: para reencontrar o diamante só se invocar a alma de seu tio João dos Santos. “É um diamante e tanto, você precisa ver que botão de mágoa.” Ao conduzir o funeral de João Batista, Pedro desfia histórias carregadas de poesia e significados metafísicos, que nos põem em dúvida o tempo inteiro: João Batista tinha pacto com o Diabo?; O Diabo existe?; estamos sozinhos, ou as almas também estão entre nós?; como Deus inventou a Morte?

A atuação de Pedro e seus familiares frente à câmera nos provoca pela sua dramaturgia espontânea, uma auto-mise-en-scène instigante. No filme, não se sabe o que é fato e o que é representação, o que é verdade e o que é um conto, documentário ou ficção, o que é cinema e o que é vida, o que é africano e o que é mineiro, brasileiro.

  • Título Original: Terra Deu, Terra Come

  • Formato de captação: DVC PRO HD e 16mm

  • Formato de exibição: HDCAM

  • Duração: 88 minutos

  • País: Brasil

  • Gênero: Documentário

  • Realização: 7 Estrelo Filmes

  • Produtora Associada: Tango Zulu Filmes

  • Distribuição: VideoFilmes

  • Direção: Rodrigo Siqueira

  • Colaborou na direção: Pedro de Alexina

  • Fotografia: Pierre de Kerchove

  • Som: Célio Dutra

  • Produção executiva: Rodrigo Siqueira e Tayla Tzirulnik

  • Assistente de Produção: Juliana Kim

  • Pesquisa: Lúcia Nascimento e Rodrigo Siqueira

  • Produção de frente: Marcelo Ferrarini e Roberta Canuto

  • Produção de set: Ricardo Magoso

  • Edição: Rodrigo Siqueira

  • Arte e gráficos: Júlio Dui

  • Finalização de imagem: Alex Yoshinaga

  • Mixado nos estúdios: TIL

  • Produção de Lançamento: Lívia Rojas e Michael Wahrmann

  • Lançamento online: Felipe Pacheco
















quinta-feira, 30 de setembro de 2010

EDUCADORA EXEMPLAR

Srª Neidinha Feitosa, um exemplo de Educadora.

Sentir-se confortável e seguro diante do Educador é estimulante para qualquer aluno, isso acontece com a Educadora Maria Ivaneide França Feitosa – Neidinha, referência em educação de qualidade em nosso município e da Região dos Inhamuns. Foi Secretaria de Educação nos anos 1997 a 2000 e 2005 a 2008, colocou o município de Independência entre um dos melhores municípios do estado do Ceará. Como Secretária de Educação sempre buscou uma educação de qualidade, acreditou que o professor é o profissional mais estratégico para uma boa educação e aprendizagem, é a peça chave e por isso precisa estar apto para transmitir o conteúdo de forma adequada.

A Educadora Neidinha Feitosa sempre teve aptidão para ensinar, tem vocação para o magistério. Foi professora no Ginásio Santana e sempre teve o domínio do conteúdo, saber é importante, mas há inúmeros pontos que fazem do professor, um profissional de qualidade. Sempre estimulou aos alunos para leitura e preparando para a cidadania.

Hoje, Como Diretora da E.E.F. Dep. Jerônimo Alves de Araújo, conhece o perfil dos estudantes com os quais trabalha e convive. A Educadora Neidinha Feitosa tem algumas qualidades importantes que fazem alguém merecer o título de "Educadora" são os seguintes:

- sabe ouvir (sempre);
- é uma pessoa simples, aberta, inteligente e sensível;
- tem capacidade de compreender e de se fazer ser compreendida: sabe falar, o quanto falar, quando falar e o que falar;
- é poderada, coerente e justa;
- sabe e gosta de lidar com todo tipo de público;
- tem a capacidade de liderança (sem ser autoritário);
- tem uma formação cognitiva e moral sólida e consistente; e
- ama incondicionalmente e acredita com todas as forças naquilo que faz.

A Educação é sua vida.

Uma boa Diretora precisa saber trabalhar em equipe, de maneira descentralizada, todos os professores e funcionários têm de estar envolvidos nas atividades da escola.

Precisamos de Educadores com a visão, qualidade, conhecimento e, principalmente, humilde para ouvir.


Srª Neidinha Feitosa, Escritor Flávio Paiva e aluna vencedora
do Prêmio Escritor Flávio Paiva 2010.













quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Reunião sobre a Celebração do Dia do Saci

Foi realizada no dia 22 de setembro, às 18h00min na Estação Cultura História Viva, a primeira reunião sobre a celebração do Dia do Saci. Esteve presentes na reunião vários membros da ONG História Viva, representante de escolas particulares e a Educadora Nice representando a Fundação Senhor Pires.

A programação do Dia do Saci é alinhada com a campanha nacional de ampla divulgação dos símbolos de nosso patrimônio imaterial. O encontro é uma oportunidade de mobilização cultural e educativa envolvendo a comunidade e escolas municipais e particulares.

As comemorações referentes ao Saci são realizadas em diversas cidades brasileiras e já fazem parte do calendário cultural brasileira. Independência é décima cidade a aprovar uma lei municipal.

Na próxima reunião marcada para o dia 29 de setembro, estarão presentes representantes de escolas municipais e particulares, representantes de entidades, representante da AABB, da Fundação Senhor Pires e o Secretário de Cultura do município.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

XV Feira de Ciências - Ginásio Santana

Educadora Toinha Silva e Nice Coriolano com os alunos.

A XV Feira de Ciências - Ginásio Santana foi um sucesso, proporcionou aos visitantes uma volta ao passado, com fotos e relíquias que pertencem ao Ginásio Santana. Determinado experimento ou pesquisa em uma feira de ciência escolar apresentado com muita organização e competência , é um interessante material visual e escrito pode transmitir muitas informações para sociedade, alunos e escolas , bem como para as demais pessoas que sempre encontram alguma coisa de interessante para enriquecer seu conhecimento.

Ginásio Santana, uma das melhores escolas na região dos Inhamuns, conta com educadores de altíssimo nível e profissionais bem preparados para educar nossos jovens. Educadores como a Toinha Silva, Nice Coriolano, Antonio Carlos, Wiltergran (Viltinho), Nádia Nara, Meirinha e outros, buscam sempre dar aos alunos uma visão de cidadania. Além da supervisão da extraordinária educadora Francisca Ozanira MacedoPinto, que foi escolhida pela ONG História Viva - Personalidade do Ano de 2010.

Nos dias atuais, todas as instituições de ensino fazem uso das “Feiras de Ciência” onde, não podemos negar, são divulgados vários experimentos estimulando com isso o intercâmbio de conhecimentos entre instituições escolares e em consequência o progresso na área científica incentivando o jovem estudante, bem como fazendo-se valer de um instrumento educativo de alto nível de rendimento escolar. Muitos profissionais da educação buscam um intercâmbio entre escolas .

A cada ano que passa os alunos do Ginásio Santana aprimoram mais até chegar em uma apresentação de feira de ciência perfeita como foi este ano.

A cada ano estamos adquirindo experiência e procuramos melhorar mais identificando erros e caprichando mais para o próximo ano e a próxima feira.” comentou a experiente Educadora Nice Coriolano.

A feira de ciências deve ser preparada com o intuito de atingir alguns objetivos e sempre pensando nas questões questionadas em nossa cidade e no cotidiano, o educador pode propiciar a verdadeira valorização que esse evento merece.

Tal evento tem sido praticado com frequência nas escolas particulares, visto que se trata de uma divulgação inteligente.


As exposições que são realizadas no evento, quando consideradas interessantes pelos seus espectadores, estimulam a troca de conhecimentos e muitas vezes quando visitadas por alunos de outras escolas, esses utilizam trocas de informações passadas pelos participantes adaptando-as às suas necessidades.

O incentivo à realização da feira de ciências deve ser sempre mantido, é necessário deixar claro para os participantes que em relação à idéia defendida e que quanto mais participar, mais seus conhecimentos e experiências irão se acumular, propiciando cada vez mais o sucesso escolar e da sua vida profissional.

Educadores, conscientizem as instituições escolares a repensarem na feira de conhecimentos ou de ciências, dando importância ao evento desde o início do ano letivo, visto que nesse momento é que é construída e reconstruída a proposta pedagógica da escola.



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Feira do Livro Infantil de Fortaleza


Vejam que bacana o que acontece essa semana em Fortaleza. A Feira do Livro Infantil de Fortaleza.

A Feira do Livro Infantil de Fortaleza é um evento de cunho cultural com o objetivo de promover a literatura infanto-juvenil, com a participação de editoras de todo país ou seus representantes.

A Feira do Livro Infantil de Fortaleza será realizada na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, no período de 15 a 18 de Setembro de 2010. O local dispõe de rampas de acesso para deficientes físicos, lanchonetes, espaço para banheiros públicos, espaço para apresentações, auditório e galeria ao lado da parte principal da praça onde poderão ocorrer palestras e eventos literários. Haverá sessões de autógrafos, palestras e debates com autores e ilustradores, saraus literários e contação de histórias para crianças e toda a família.

Durante a feira serão oferecidos livros com descontos generosos (de até 30%), inclusive para os lançamentos.

Deficientes visuais contarão com uma programação especial de leituras em voz alta, tenda de áudio book, livros e a programação do evento impressa em braile, facilitando assim a sua participação no evento.

A periferia de Fortaleza também contará com atrações da feira, como encontros com os autores, saraus, peças teatrais e expositores em ginásios dos principais bairros da cidade, beneficiando um maior número de pessoas com as atividades culturais.

Horário de funcionamento: a partir das 8h30min. As atividades se encerram às 21h


O Balcão de Informações da Feira do Livro Infantil de Fortaleza fica ao lado do palco principal.

Eu não vou perder! E você? Participe. Sempre temos uma criança na família, seja ela filho, sobrinho, primo…. nada mais prazeroso do que iniciar as crianças nesse hábito maravilhoso que é a leitura. Teremos convidados bem bacanas como a Bia Bedran, Ricardo Azevedo e muitos outros.

Maiores informações no site do evento: http://www.flivrofortaleza.com





quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rui Barbosa



Sinto vergonha de mim!


"Por ter sido educadora de parte desse povo,

por ter batalhado sempre pela justiça,

por compactuar com a honestidade,

por primar pela verdade

e por ver este povo já chamado varonil

enveredar pelo caminho da desonra.


Sinto vergonha de mim

por ter feito parte de uma era

Que lutou pela democracia,

pela liberdade de ser

e ter que entregar aos meus filhos,

simples e abominavelmente,

a derrota das virtudes pelos vícios,

a ausência da sensatez

no julgamento da verdade,

a negligência com a família,

célula-mater da sociedade,

a demasiada preocupação

com o "eu" feliz a qualquer custo,

buscando a tal "felicidade"

em caminhos eivados de desrespeito

para com o seu próximo.


Tenho vergonha de mim

pela passividade em ouvir,

sem despejar meu verbo,

a tantas desculpas ditadas

pelo orgulho e vaidade,

a tanta falta de humildade

para reconhecer um erro cometido,

a tantos "floreios" para justificar

atos criminosos,

a tanta relutância

em esquecer a antiga posição

de sempre "contestar",

voltar atrás

e mudar o futuro.


Tenho vergonha de mim

pois faço parte de um povo

que não reconheço,

enveredando por caminhos

que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,

da minha falta de garra,

das minhas desilusões

e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir

pois amo este meu chão,

vibro ao ouvir meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira

para enxugar o meu suor

ou enrolar meu corpo

na pecaminosa manifestação de nacionalidade.


Ao lado da vergonha de mim,

tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!


"De tanto ver triunfar as nulidades,

de tanto ver prosperar a desonra,

de tanto ver crescer a injustiça,

de tanto ver agigantarem-se os poderes

nas mãos dos maus,

o homem chega a desanimar da virtude,

a rir-se da honra,

a ter vergonha de ser honesto".


Ruy Barbosa