Sede da ONG História Viva
A Estação do Trem no Batalhão faz parte da História do município de Independência, construída no inicio dos anos 50 e 60, a estrada de ferro faz parte da memória do povo Independenciano, assim, como a Mina foi durante anos umas das fontes de renda do nosso município.
Durante anos a Estação ferroviária de Independência ficou esquecida pelo o poder público, abandonada por todos e sem o devido reconhecimento histórico, sofreu o desgaste do tempo. Somente em 2007 que os jovens, membros da ONG História Viva assumiu o prédio com a missão de transformar em uma Casa da Memória e Biblioteca.
A implantação/construção do trecho ferroviário Piquet Carneiro/Crateús remonta aos anos de 1951/1952.
Inicialmente coube ao então Ministério de Viação e Obras Públicas, posteriormente Ministério dos Transportes a construção.
Por força da Portaria nº 336 de 28 de maio de 1952, foi aprovado o projeto para implantação/construção dos 48 km de Crateús a Independência.
Os estudos do trecho de Independência para Crateús foram feitos pelo o Dr. Francisco Aires Coelho Cintra, no período de outubro e novembro de 1951.
O trecho projetado de Crateús para Independência e aprovado pela portaria à epigrafe, foi locada pelo senhor Durval Borges.
Acervo: Antonio Meneses
Coube, por sua vez, as construtoras Castro & Ferreira e Langer a execução dos serviços.
O trecho ferroviário (Crateús) – Piquet Carneiro foi delegado ao 1º Grupamento de Engenharia de Construção por convênio entre o antigo Ministério de Viação e Obras Públicas e o antigo Ministério da Guerra, datado de 07 de junho de 1955. Contudo, cabe aqui registrar, que a ferrovia Crateús-Piquet Carneiro, tinha uma extensão de 181 km.
Um fato importante é que não existiu sequer um processo de desapropriação ao longo do trecho e nem tampouco para os terrenos de propriedade da Paróquia de Sant’Ana.
A conclusão do trecho Crateús/Independência, foi executada no final de 1964.
A infra-estrutura teve inicio no km 0 (Crateús) ao km 50 (Independência) com obras de artes especiais.
- Ponte Tourão no km 2 com 52 metros de comprimento;
- Pontilhão Dezoito no km 18 com 10 metros de comprimento;
- Ponte Adão no km 23 com 80 metros de comprimento;
- Ponte Riacho Madeira no km 23 com 10 metros de comprimento;
- Ponte Cunha no km 30 com 10 metros de comprimento.
No km 50 (Independência) foram construídas:
- Uma estação de 3ª Classe;
- Uma Casa para Agente;
- Uma Casa para Mestre de Linha;
- Quatro Casas para Trabalhador;
- Uma Casa de Força (energia);
- Uma caixa D’água com capacidade para 35.000 litros.
Na esplanada de Independência, foram edificados os seguintes prédios:
- Armazém;
- Depósito;
- Alojamento;
- Casa de Força e Luz.
Com efeito, em 26 de novembro de 1975 o 1º Grupamento de Engenharia de Construção entrega a RFSSA, sistema regional de Recife.
Na época da conclusão do trecho, na estação de Independência, existia o seguinte letreiro:
IV EXÉRCITO
1º GRUPAMENTO DE ENGENHARIA
4º BATALHÃO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
2ª COMPANHIA DE CONSTRUÇÃO
INDEPENDÊNCIA
Colaboração: Vangleso Pedrosa
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